Na última quarta-feira, 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Essa medida não significa necessariamente que uma nova pandemia ocorrerá, mas visa a criação de uma resposta internacional coordenada para lidar com a doença, especialmente com a rápida propagação da nova variante Clado 1b, encontrada principalmente na República Democrática do Congo (RDC). Segundo o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC), a RDC já registrou mais de 14 mil casos da doença este ano, resultando em 450 mortes.

No Brasil, o Ministério da Saúde está em alerta, e na quinta-feira, 15 de agosto, instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à Mpox. O COE terá o papel de monitorar a evolução da doença no Brasil e seguir as orientações da OMS e outras instituições internacionais.

O que é Mpox?

A Mpox é uma doença zoonótica causada pelo vírus Mpox (MPXV). A transmissão ocorre principalmente por contato próximo e prolongado com pessoas infectadas, através de lesões na pele, erupções cutâneas, bolhas, crostas ou fluidos corporais como secreções e sangue. O compartilhamento de objetos contaminados também pode transmitir a doença.

Sintomas da Mpox

Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, ínguas, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões de pele podem variar em número e localização, ocorrendo na face, boca, tronco, mãos, pés e regiões genitais. A transmissão ocorre desde o início dos sintomas até que todas as lesões cicatrizem completamente.

Prevenção

A melhor forma de se proteger da Mpox é evitar o contato com pessoas infectadas. Em casos onde o contato é necessário, como para profissionais de saúde, recomenda-se o uso de luvas, máscaras, avental e óculos de proteção. Além disso, lavar as mãos regularmente e desinfetar objetos e superfícies contaminadas são práticas essenciais.

O que muda com a nova variante?

A nova variante Clado 1b, encontrada na África Central, é mais transmissível e afeta principalmente crianças. Apesar de o Brasil não ter registrado casos dessa variante, a vigilância epidemiológica foi intensificada.

Ações do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde do Brasil reforça que não há motivo para alarme, mas sim para vigilância. O COE está avaliando as evidências científicas globais para atualizar as recomendações e o plano de contingência do Brasil. Além disso, a capacidade de diagnóstico foi ampliada e materiais informativos estão sendo disponibilizados.

Existe vacina para a Mpox?

Sim, há vacina contra a Mpox, mas sua disponibilidade é limitada devido à complexidade de produção. Em 2023, a Anvisa autorizou a vacinação provisória, com a distribuição de 49 mil doses. A OMS ativou o processo de inclusão das vacinas na lista de uso emergencial, o que deve acelerar o acesso para países de baixa renda.

Conclusão

A declaração de emergência da OMS visa a mobilização global contra a Mpox, com foco na vigilância e prevenção. É crucial que a população se informe por meio de fontes confiáveis para garantir a disseminação de informações precisas e evitar a propagação de desinformação.

Fontes:

  • OMS
  • Ministério da Saúde do Brasil
  • Africa CDC